A Grécia é o berço da nossa civilização, todos sabem. Mas o que pouca gente sabe é que os gregos também tem grande influência sobre a maneira como vemos o céu.
Estava observando o céu de Atenas com o aplicativo Night Sky e encontrei a constelação de Hércules bem em cima da minha cabeça.
O constelação de Hércules foi objeto de estudo do astrônomo, geógrafo, matemático e poeta Eratóstenes que viveu entre o ano de 276 e 194 a.C. Na constelação, o poeta-astrônomo via Hércules esmagando a serpente que guardava as maçãs de Hespérides.
Mas a maior contribuição de Eratóstenes foi a medição da circunferência da Terra, utilizada pelos navegadores para traçar suas rotas comerciais na época dos descobrimentos.
Cristóvão Colombo, navegador limitado que acreditava em teorias estapafúrdias sobre geografia, supunha que a Terra tinha apenas 1/3 da circunferência medida por Eratóstenes e que, ainda por cima, o planeta tinha forma de pera.
Ao ignorar o astrônomo grego, Colombo saiu de Palos de La Frontera na Espanha em direção às Índias e acabou nas Bahamas. Se o descobridor tivesse respeitado Eratóstenes, os habitantes da pequena ilha de Guanahani não teriam sido escravizados e posteriormente assassinados. Por consequência, o Brasil também não teria sido descoberto e, provavelmente, não teriam roubado a Petrobrás e vendido a reserva da Amazônia.
Essa historinha é somente para ilustrar porque não existe exagero ao afirmar que a nossa civilização nasceu na Grécia e que ainda continuaremos bebendo desta fonte durante milênios. Os gregos tem muito mais a oferecer do que iogurte! Opa!