Passeio do dia: Jaffa

De acordo com a mitologia grega, o rei de Jaffa ofereceu sacrificar sua filha Andrômeda para tentar persuadir Possêidon a não lançar sua ira contra a cidade. Andrômeda foi amarrada nas pedras de Jaffa para aguardar seu destino, mas Perseus chegou primeiro e matou o monstro enviado por Possêidon. Andrômeda e Perseus se casaram e até hoje as pedras em frente ao Porto de Jaffa servem de proteção para as embarcações que ali atracam.

O Porto de Jaffa é considerado um dos mais antigos do mundo com construções que datam do ano 40 a.C.. O nome Jaffa seria uma homenagem a Jafet, filho de Noé, que construiu a cidade 40 anos após o dilúvio universal.

Fica na cidade também a Igreja de São Pedro, no local onde teria sido a residência de Simão, o Curador, e onde o apóstolo ficou hospedado. Outras muitas histórias da Bíblia se passam em Jaffa, como a história de Jonas que se recusou a pregar, teve seu barco virado em uma tempestade e acabou engolido por um peixe gigante ficando por três dias dentro de sua barriga.

Mar da Galiléia 

Saímos cedo de Tel Aviv hoje em direção ao Rio Jordão. Fomos até o local em que é feito o batismo de cristãos. O procedimento é bem simples, eles vendem e alugam trajes e também é permitido entrar com roupas normais. Padres e pastores atendem grupos e também é possível fazer tudo por conta própria. Três mergulhos depois a mãe da Sarah estava com a fé renovada.

Seguimos para Tiberias, a principal cidade da região do Mar da Galiléia. O mar fica a 214 metros abaixo do nível do mar e, diferente do Mar Morto, tem água doce e cheia de peixes. Segundo a Bíblia, foi neste mar que Jesus caminhou por cima d’água e multiplicou os peixes.

Nossa última parada foi Nazaré. Fomos até a casa de Maria, hoje uma Basílica que abriga a gruta que ela morava com José e onde o anjo Gabriel anunciou a vinda de Jesus. A cidade fica no alto de um morro e é um pouco caótica. Jesus nasceu na periferia (Belém) e foi criado no morro (Nazaré). Se tivesse nascido hoje seria um “mano” cabeludo da comunidade.

Terminamos o dia em Tel Aviv assistindo o pôr do sol na praia. A praia da cidade é banhada pelo Mar Mediterrâneo e é lindíssima. A cidade é cosmopolita e tem uma atmosfera muito vibrante.

Belém

Hoje fomos até a Basílica da Natividade em Belém. Lá fica o local da manjedoura de Jesus. Para os menos religiosos ir a Belém tem outro significado: atravessar a fronteira e entrar no território palestino.

Nosso carro alugado não pode entrar no território palestino e por isso pegamos um ônibus árabe em Jerusalém Oriental que para a 1,4 km da Basílica. Fizemos o restante do caminho a pé.

Para sair de Jerusalém não houve nenhuma fiscalização, mas na volta os palestinos descem do ônibus para mostrar os documentos. Os turistas ficam dentro do ônibus e devem mostrar o passaporte e o visto.

A cidade de Belém é um pouco mais caótica e pobre do que Jerusalém. Taxistas e “guias” oferecem seus serviços o tempo todo. Mas fora este pequeno incômodo, a cidade parece segura.

A Basílica é dividida em várias partes, cada uma de uma divisão diferente do cristianismo. Há uma rixa histórica entre as religiões no local. Para entrar na Basílica é necessário passar pelo portão da humildade, uma pequena porta que obriga o visitante a se agachar para entrar. O motivo da porta pequena é de ordem prática: a original foi diminuída para que ladrões não entrassem de carroça para roubar os artefatos.

No fim do dia seguimos para Tel Aviv. A cidade será a nossa a base nos próximos 4 dias. Pretendemos visitar o Rio Jordão, o Mar da Galiléia, Nazaré e Haifa.

424 metros abaixo do nível do mar

Hoje entrei no Mar Morto, um lago que tem a sua água quase sólida, tamanha é a quantidade de sal (26% de sal na água). O Mar Morto fica na parte mais profunda na superfície da Terra, a aproximadamente 424 metros abaixo do nível do mar. Uma experiência única e fantástica!

Depois subimos de teleférico até o Masada, a 440 metros de altura do Mar Morto ou a 16 metros do nível do mar. O local era um palácio e fortaleza do Rei Herodes e foi construído no ano 40 a.C. Na foto abaixo, o Mar Morto visto do Masada.

Atravessamos ainda o Deserto da Judeia e avistamos um acampamento de beduínos. Passamos a apenas 21 km da Faixa de Gaza e andamos mais de 300 km pelo país.

O Monte das Oliveiras

Começamos o dia na Cúpula da Rocha, local sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos onde Abraão levou seu filho Isaac ou Ismael (dependendo da religião) para o sacrifício.

O templo muçulmano foi construído após a destruição do templo antigo que era sagrado para os judeus. Por este motivo os judeus começaram a ir até o lado ocidental do muro de Jerusalém para lamentar o ocorrido, daí o nome Muro das Lamentações.

Na segunda parte do nosso dia fomos até o Monte das Oliveiras. Na foto acima, é possível ver a cidade velha de Jerusalém vista do Monte das Oliveiras. Fizemos todo o percurso a pé, passando por todos os locais citados na Bíblia que contam a história de Jesus. Fomos nas tumbas dos profetas, na catacumba da Virgem Maria e onde Jesus foi tentado, traído, onde ele chorou e onde rezou o primeiro Pai Nosso. O Monte das Oliveiras é um grande cemitério judaico, mas também segue com suas oliveiras antiquíssimas (algumas com mais de 2000 anos) e carregadas de azeitonas.

Todos os passeios aqui contam alguma história Sagrada para uma das três religiões ou até para todas ao mesmo tempo, como é o caso da Cúpula da Rocha. A catacumba de Maria, por exemplo, é citada na viagem noturna de Maomé e é sagrada para os muçulmanos também.