Hoje foi dia de dentista. A clínica é do próprio plano de saúde, Adeslas, e fica ao lado de casa. O atendimento é ótimo e, contrário ao que muitos dizem, eles usaram anestesia sem eu precisar pedir. Nada de dor para mim, obrigado!
Author: antenor
Almoço com amigos
Ontem fui almoçar com um casal de amigos que conheci no trabalho em Berlim. Eles passaram os últimos 8 meses em na ilha de Menorca trabalhando, ele como guia turístico e ela como recepcionista de hotel. Enquanto não chega a próxima temporada de verão, irão viajar um pouco agora. Primeiro conhecerão a Tailândia e suas praias paradisíacas e depois irão para o Quênia para fazer um safári.
O almoço foi bem divertido e aproveitamos para trocar dicas de viagem e passear um pouco pela cidade. Esta é a terceira visita de amigos que recebemos nos últimos 2 meses. Isso mostra como Barcelona é um destino popular entre os turistas.
Almoço especial
Hoje fiz falafel em casa pela primeira vez. Não fiz do zero, usei a mistura pronta de caixinha da foto. Em uma tortilla de trigo passei o húmus, coloquei os falafels, cebola, pepino, salsinha e azeite. Ficou espetacular.
Em um futuro próximo pretendo fazer o falafel do zero. A receita é bem simples: farinha de grão de bico (grão de bico deixado de molho de um dia para o outro e triturado), farinha de rosca e especiarias (cardamomo, alho em pó, gengibre, coentro, cominho, etc.). Depois é só fazer as bolinhas e fritar.
Jantar com amigos
Um casal de amigos de Curitiba está visitando a Espanha e fomos jantar juntos ontem. O local escolhido foi a Casa Lolea, um típico bar de tapas no tradicional bairro gótico.
Tivemos uma noite super agradável, depois do jantar caminhamos pelas Ramblas, lugar que ficou marcado pelo atentado há dois meses. O calçadão estava cheio de gente passeando sem nenhuma preocupação, como deve ser. Voltamos para casa de metrô e ainda caminhamos um pouco pelo bairro para aproveitar o friozinho que finalmente parece estar chegando (estava 17 graus).
Domingo de praia
Barcelona Pós 155
Como já era esperado, o governo espanhol irá utilizar o artigo 155 na Catalunha. Até sexta-feira, o senado deve votar a matéria e começar a destituição do governo local.
Saímos agora à noite e a cidade estava com a atmosfera de sempre. Muita gente na rua, feirinhas e torcedores do Barcelona a caminho do jogo de hoje contra o Málaga. Claro, há protestos no centro e, provavelmente, haverá panelaços às 10 da noite (horário habitual do catalão para bater panelas na janela).
Até aqui, tudo muito civilizado e pacífico. Infelizmente, não há diálogos entre as partes. Faz parte da realidade em que vivemos atualmente, todos querem ser ouvidos, mas ninguém está disposto a escutar.
Eu particularmente sou contra a existência de fronteiras e passaportes, logo, a criação de mais um país me parece uma péssima ideia. Entendo por outro lado que os catalães (e os espanhóis em geral) estão cansados da corrupção do governo central e que as promessas de um futuro brilhante da nova república enfeitiçam uma geração de jovens desiludidos com um alto índice de desemprego que ainda assola a Espanha.
Novas eleições devem ser convocadas em janeiro para substituir o governo atual. Até lá, um governo provisório formado por ministros deve assumir a administração da Catalunha.
Depois de mais de um ano aqui, nos inscrevemos na saúde pública local. Agora tenho um médico de cabeceira e uma enfermeira em um hospital aqui ao lado de casa. Já fiz minha primeira consulta e estou fazendo exames de rotina para, em seguida, fazer a derivação para os especialistas. Comecei também a fazer um tratamento no dentista (este no plano particular) para cuidar das minhas gengivas e bochechas.
Roger Waters
Roger Waters, ex-líder da banda Pink Floyd, confirmou seu show em Barcelona em abril de 2018 e os nossos ingressos já estão na mão!
Nada de filas intermináveis na Internet ou preços exorbitantes. Pagamos €50 em cada ingresso, em cadeiras próximas ao palco. O show será no mesmo local que fomos ver a apresentação de Ed Sheeran.
Centro Mundial da Fé Bahá’í
Hoje fomos até a cidade de Haifa, a terceira maior cidade de Israel, depois de Tel Aviv e Jerusalém. A cidade abriga o Centro Mundial da Fé Bahá’í, uma religião de origem persa que prega a unidade entre as diferentes religiões e a tolerância. Os jardins do Centro são considerados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
São 700 degraus para chegar até o Templo. Uma descida íngrime que permite vistas espetaculares do cidade e seu porto, o mais importante de Israel.
Amanhã é o nosso último dia por aqui. Nesses oito dias pudemos conhecer as principais cidades e pontos turísticos do país. O Mar Morto e o Mar da Galiléia são realmente fantásticos. Jerusalém é uma cidade única, dividida em diferentes bairros e com tantos locais sagrados para as diferentes religiões. Fora do seus muros, Jerusalém tem uma atmosfera muito agradável, com bares e restaurantes por todo lado e muita gente passeando nas ruas. Tel Aviv e Haifa são cidades mais “comuns”, mas ainda assim com muita personalidade. O Mar Mediterrâneo é extremamente bonito nessa região e cai como uma luva em um país que as temperaturas passam de 30 graus em outubro e chegam facilmente aos 40 graus no verão. Viajar de carro dá a possibilidade de ver um pouco do que acontece fora das cidades conhecidas e também um pouco do que o país planta e produz. Foram mais de 1.000 quilômetros de estrada passando por praias, montanhas, desertos, cidades e muitas paisagens diferentes. As palmeiras de tâmaras predominam no litoral enquanto a parte central é ocupada por oliveiras. Apesar de ter apenas 20% da população de origem árabe, vimos muitas mesquitas por todas as partes. A comida foi um dos pontos altos da viagem, o falafel israelense é inesquecível e tudo que comemos aqui estava gostoso. A comida é boa, mas é cara. Os preços são até 50% mais altos do que em Barcelona em uma comparação rápida que fizemos nos supermercados.
Resumindo, valeu muito a pena conhecer Israel. Pude entender um pouquinho mais sobre a história do país cercado de conflitos desde o início dos tempos. Aprendi um pouco mais sobre as religiões abraâmicas e até um pouco de mitologia grega.
Passeio do dia: Jaffa
De acordo com a mitologia grega, o rei de Jaffa ofereceu sacrificar sua filha Andrômeda para tentar persuadir Possêidon a não lançar sua ira contra a cidade. Andrômeda foi amarrada nas pedras de Jaffa para aguardar seu destino, mas Perseus chegou primeiro e matou o monstro enviado por Possêidon. Andrômeda e Perseus se casaram e até hoje as pedras em frente ao Porto de Jaffa servem de proteção para as embarcações que ali atracam.
O Porto de Jaffa é considerado um dos mais antigos do mundo com construções que datam do ano 40 a.C.. O nome Jaffa seria uma homenagem a Jafet, filho de Noé, que construiu a cidade 40 anos após o dilúvio universal.
Fica na cidade também a Igreja de São Pedro, no local onde teria sido a residência de Simão, o Curador, e onde o apóstolo ficou hospedado. Outras muitas histórias da Bíblia se passam em Jaffa, como a história de Jonas que se recusou a pregar, teve seu barco virado em uma tempestade e acabou engolido por um peixe gigante ficando por três dias dentro de sua barriga.
Mar da Galiléia
Saímos cedo de Tel Aviv hoje em direção ao Rio Jordão. Fomos até o local em que é feito o batismo de cristãos. O procedimento é bem simples, eles vendem e alugam trajes e também é permitido entrar com roupas normais. Padres e pastores atendem grupos e também é possível fazer tudo por conta própria. Três mergulhos depois a mãe da Sarah estava com a fé renovada.
Seguimos para Tiberias, a principal cidade da região do Mar da Galiléia. O mar fica a 214 metros abaixo do nível do mar e, diferente do Mar Morto, tem água doce e cheia de peixes. Segundo a Bíblia, foi neste mar que Jesus caminhou por cima d’água e multiplicou os peixes.
Nossa última parada foi Nazaré. Fomos até a casa de Maria, hoje uma Basílica que abriga a gruta que ela morava com José e onde o anjo Gabriel anunciou a vinda de Jesus. A cidade fica no alto de um morro e é um pouco caótica. Jesus nasceu na periferia (Belém) e foi criado no morro (Nazaré). Se tivesse nascido hoje seria um “mano” cabeludo da comunidade.
Terminamos o dia em Tel Aviv assistindo o pôr do sol na praia. A praia da cidade é banhada pelo Mar Mediterrâneo e é lindíssima. A cidade é cosmopolita e tem uma atmosfera muito vibrante.