Fim de semana

O fim de semana foi de cinema e passeio pela região do Porto Olímpico. Fomos assistir o filme “O Círculo”, com Tom Hamks e Emma Watson.

Emma interpreta uma funcionária récem-contratada em uma empresa de tecnologia nos moldes do Facebook e Hanks interpreta o CEO da companhia. O filme tem uma história bem rasteira ao lidar com questões de privacidade em um mundo altamente conectado.

Vivemos em uma época em que a realidade costuma superar a ficção e é difícil surpreender o público com uma história de Hollywood. Não bastando isso, a nova geração de séries nos serviços de streaming tem mais liberdade para criar fora dos padrões hollywoodianos. Um exemplo disso é a série Black Mirror que aborda temas similares aos do filme “O Círculo” de maneira muito mais profunda e criativa.

Séries políticas como House of Cards abriram um mundo desconhecido para muitos telespectadores, mas hoje a realidade é muito mais complexa e intrigante do que qualquer roteiro. O mesmo vale para Homeland, uma série que lida com as ameaças do terrorismo e está tendo que se reinventar na sexta temporada.

Depois do cinema fomos caminhar pelo Porto Olímpico, uma região da cidade que foi readequada para receber as Olimpíadas. Fomos até o W Hotel, o arranha-céu em forma de vela que chama atenção na paisagem da praia de Barceloneta. O prédio pode ser visto ao fundo na foto no topo deste post e abaixo bem de perto.

O hotel é famoso por um bar no terraço frequentado por turistas dispostos a pagar €15 por um drink. Para quem prefere ficar perto do mar, há também bares no térreo com preços mais convidativos.

A temperatura está subindo rapidamente em Barcelona e esta semana deve chegar aos 25 graus. O calor seguirá aumentando até julho e só começará a ceder em setembro.

Londres – Parte 2

Fizemos check-out do hotel às 9:00 e fomos tomar café no Starbucks. Caminhamos até o British Museum, o principal museu da cidade junto com o National Gallery. Lá estão grandes achados arqueológicos como a Roseta Stone, pedra usada para decifrar os hieróglifos, as esculturas do Pathernon e outros tesouros das civilizações grega, romana, egípcia, persa, africana e japonesa.

De lá pegamos o metrô até o Financial District. A região é famosa pelos seus arranha-céus e é um dos centros financeiros do mundo, junto com NY e Frankfurt. Paramos para almoçar no Smokestack, a melhor casa de carnes na lenha de Londres. De entrada, comemos a tradicional carne de porco assado inteiro por 18 horas na fumaça de lenha. O prato principal foi um filé de costela igualmente assado na fumaça de lenha. Para acompanhar, tomei um bourbon da reserva envelhecido. Uma refeição memorável para um fim de semana especial.

Continuamos nosso dia passando pela Tower of London e atravessando a pé a Tower Bridge. De lá voltamos para Westminster para visitar novamente o velho Churchill e o Big Ben, desta vez com sol.

Caminhamos pelo St. James Park e fomos até a Victoria Station pegar o ônibus até o aeroporto. O voo saiu pontualmente às 20:15 e chegamos em Barcelona às 23:30. Uma hora depois estávamos em casa.

A viagem foi espetacular, foi minha quarta visita a Londres e tive a oportunidade de conhecer outras regiões da cidade. Ainda assim, não deixamos de fazer o tour básico também. A cidade estava lotadíssima, algo similar a Barcelona em julho. Os preços para o turista são altos para os padrões europeus. Um hotel básico sai na faixa de €140 por noite (R$500). A passagem avulsa de metrô custa impressionantes £4,90, o equivalente a R$20,00. Uma refeição sai em torno de €25 por pessoa (R$85). Mas nem tudo é caro, os principais museus são gratuitos e a cidade é recheada de parques lindíssimos. Vale a pena voltar sempre.

Ah! Andamos 22 km hoje, completando 50 km de caminhada em 48 horas.

Londres

O dia começou bem cedo hoje. Pegamos o primeiro metrô às 5 horas da manhã. Fizemos check-in, segurança, controle de passaporte, embarque remoto e às 6:45 estávamos decolando.

Tirei essa foto pouco antes de começarmos a descer no aeroporto de Luton. Pousamos às 8:00, fizemos imigração e embarcamos no ônibus às 9:00 para Londres. Chegamos na Victoria Station pouco antes de 10:30.

A nossa surpresa foi descobrir que o Shake Shack, a hamburgueria mais famosa de NY atravessou o Atlântico e chegou na terra da Rainha. Não tive dúvida, fomos comer um sanduba na lanchonete.

Depois de matar a vontade, fizemos o percurso básico: palácio de Buckingham, Westminster, Picadilly e Trafalgar Square. O dia estava bem nublado e Churchill parecia olhar o Big Ben atentamente.

Fugimos da confusão e fomos passear pelo bairro do Soho. Uma região muito agradável e bem próxima do centro. Na foto abaixo, a praça do Soho com um pouco mais de sol.

Fomos para o hotel descansar meia hora. Estamos hospedados no bairro de Paddington, uma região fantástica da cidade. Perto do Palácio de Kensington, lugar que fomos visitar na segunda etapa do nosso dia (na foto abaixo).

O palácio é cercado por um enorme parque perfeito para caminhar.

Depois do nosso passeio no parque fomos explorar Notting Hill. Um bairro extremamente pitoresco de casas coloridas e muito estilo. O bairro é famoso também pelo mercado de pulgas aos sábados.

Voltamos para o centro, passeamos pelo Covent Garden e fomos jantar no Golden Union, um dos restaurantes mais tradicionais de fish and chips em Londres. Pedimos um bacalhau fresco empanado com batatas e molho tártaro. A comida estava sensacional e o ambiente é super descontraído.

Depois de 28 km de caminhada (nosso recorde), encerramos o nosso primeiro dia em Londres muito satisfeitos. Amanhã tem muito mais!

Séries de TV

Séries que eu estou assistindo no momento:

  • This is Us
  • Homeland 6ª Temporada
  • Genius
  • Designated Survivor
  • Girlboss 

A melhor série de TV atualmente é This is Us. Pelo o que eu pesquisei, ela ainda não tem previsão de lançamento no Brasil, mas com certeza algum canal a cabo vai comprar em breve. É uma série de comédia que lida com os dramas familiares de três irmãos sem piadas idiotas ou risadas da plateia, apenas contando suas histórias.

A segunda série que eu comecei a assistir é Genius. Produzida pelo canal National Geographic, a série conta a história pessoal de Albert Einstein desde a sua juventude na Alemanha. Só vi um episódio até agora e estou gostando da atuação do Geoffrey Rush no papel principal. A série deve ser lançada em breve no Brasil.

A sexta temporada de Homeland coloca o governo americano como principal ameaça à segurança nacional do próprio país. É difícil manter o ritmo das primeiras temporadas, mas Carrie Mathison continua sendo um turbilhão de emoções a cada episódio.

Designated Survivor é uma série bem simplória sobre terrorismo. Utilizando uma premissa similar a Homeland, a série utiliza o ponto de vista de um Presidente americano que emerge após todos os políticos morrerem em um atentado. Ele é o “sobrevivente designado”. O mais bizarro desta série é que existe realmente o dispositivo de “sobrevivente designado” nos EUA. Durante o discurso anual do Presidente sobre o Estado da União, uma pessoa fica protegida em um local desconhecido em caso de uma catástrofe no local do discurso.

Por último, estou assistindo Girlboss. A série da Netflix produzida pela Charlize Theron acompanha a história de uma garota de vinte e poucos anos que está tentando começar a vida em São Francisco. A série não me convenceu ainda.

Outra série que eu acabei de assistir recentemente foi a segunda temporada de Love. A comédia explora a história de amor não convencional entre um tutor judeu e uma garota desajustada. Excelente diversão para o fim de noite. 

Greve 

As greves fazem parte do dia-a-dia dos europeus. Na verdade, muito dizem que fazer greve é o passatempo predileto dos franceses. A Catalunha, que possui uma forte influência da cultura francesa, não poderia ficar para trás. Começou hoje a greve de metrô em Barcelona, com redução dos serviços em até 40% na hora do rush uma vez por semana. Com isto, a frequência do metrô diminuirá para aproximadamente 7 minutos de intervalo das 7h às 9h e das 16h às 18h somente às segundas-feiras. Para reduzir o impacto da greve, a prefeitura aumentará a frequência dos ônibus no período.

Greves em serviços essenciais como transporte público sempre geram transtornos para a população, mas a redução controlada na oferta de serviços e a compensação com o aumento de alternativas para a população mostram como é fundamental que uma cidade não dependa somente de um único meio de transporte público.

A maioria das cidades brasileiras dependem quase que exclusivamente do ônibus e as paralisações no Brasil alcançam praticamente 100% dos serviços. O primeiro passo seria aumentar a oferta de transportes mais eficientes como trens e metrô. O ônibus deve ser utilizado somente para as etapas finais de deslocamento. O primeiro problema do ônibus como meio de transporte é a competição com o tráfego. Os ônibus tem baixa velocidade e são afetados diretamente por congestionamentos. O BRT, solução adotada em cidades como Rio de Janeiro e Curitiba, consegue reduzir este problema criando vias exclusivas para os ônibus. O segundo problema dos ônibus é a capacidade. Ônibus não são transporte de massa e não conseguem deslocar a mesma quantidade de pessoas que o metrô ou o trem. A solução paliativa para este problema é o aumento da frota e a criação de linhas expressas no BRT. No melhor cenário, um sistema de BRT bem estruturado e linhas alimentadoras otimizadas podem atender a população com uma qualidade similar ao metrô (modelo que Curitiba utiliza há décadas), mas não resolve a dependência exclusiva em único tipo de transporte. Para isto, as metrópoles devem investir em trens urbanos, metrô e VLT também.

O transporte público tem um papel fundamental na redução da desigualdade social e na empregabilidade da população. Morar bem na Europa, na maioria das vezes, significa morar perto do transporte público. O mesmo vale para New York, Tóquio e outras metrópoles ao redor do mundo. Os Estados Unidos coleciona o maior número de fracassos em política de transporte público, notoriamente em cidades como Los Angeles e Atlanta. Nessas cidades, a população passa horas em engarrafamentos diariamente e tem uma perda significativa de qualidade vida. Rio de Janeiro e São Paulo também figuram entre as piores do mundo quando o assunto é transporte e trânsito.

Rio e São Paulo precisam aumentar a oferta de transporte rapidamente. Desta forma, seria possível reduzir o caos em que estas cidades estão mergulhadas e também seria possível diminuir o nível de influência dos empresários de ônibus na gestão das prefeituras. A hora de fazer estes investimentos é agora, durante a crise no Brasil, para que o país volte a crescer de maneira mais sustentável. Um exemplo deste tipo de política está em Barcelona. A cidade continuou investindo pesadamente em transporte público durante a crise que devastou a Espanha deixando mais de 25% da população desempregada. Novas linhas de metrô foram inauguradas e o sistema de tram (VLT) está sendo expandido aqui na cidade. Cortes no orçamento são indispensáveis durante qualquer crise, mas a austeridade é como qualquer dieta, deve melhorar a saúde do paciente e não matar ele de fome. Neste sentido, o transporte público corresponde ao sistema circulatório do paciente. Sem ele, o coração da cidade para.

Estocolmo – Parte 2

Depois de uma pequena pausa no hotel, saímos para jantar e caminhar pelo centro histórico da cidade à noite. Comemos no Barrels Burgers & Beer. O álcool custa muito caro na Escandinávia, mas normalmente é de alta qualidade. Tomei uma Beerbliotek, uma IPA local de 99 coroas ou R$ 35.

Acordamos cedo no domingo para aproveitar o delicioso café da manhã que estava incluído na nossa hospedagem. O Ibis que ficamos em Estocolmo é excelente. Quarto muito superior ao Ibis habitual, com uma TV enorme no quarto e uma excelente cama. Pagamos 1530 coroas em 2 noites de hotel ou R$ 535.

O dia estava especialmente bonito, caminhamos pelas partes mais altas da cidade para ter um visão panorâmica do conjunto arquitetônico.

Apesar de ter sido uma viagem um pouco cansativa, conseguimos ver tudo que queríamos em Estocolmo. A cidade é muito bonita e, na nossa opinião, mais interessante do que Copenhagen. Mas o clima não é fácil , pegamos um pouco de neve no sábado e tinha previsão de mais neve para esta noite. As temperaturas ainda estão oscilando perto de zero grau e o vento corta o rosto como uma navalha.

Estocolmo 

Uma cidade bonita e desenvolvida, a capital da Suécia foi uma agradável surpresa. Apesar do multiculturalismo típico da Europa, a cultura nórdica é forte aqui. O frio é intenso e a sensação térmica é ainda mais baixa graças ao vento constante que sopra da costa.

Os parques da cidade nos lembraram de Berlim. O espaço verde deixa a cidade mais agradável e é uma coisa que sentimos falta em Barcelona.

Paramos no restaurante Meatballs for the people  para almoçar. Finalmente pude conhecer as autenticas almondegas suecas servidas com purê de batata e pepino agridoce.

Depois do almoço fomos conhecer o maior patrimônio da Suécia: o ABBA. Talvez eu tenha me empolgado um pouco…

Mas nem só de ABBA e almôndegas vivem os suecos. Outra celebridade nacional atende por Alfred Nobel e também possui museu na cidade.

Fizemos uma parada estratégica no hotel para descansar e mais tarde sairemos para jantar.

Roteiro Gastronômico em Estocolmo

Quando viajamos, eu fico encarregado de fazer o roteiro gastronômico. Para nossa aventura de fim de semana, eu escolhi um restaurante que serve as almôndegas típicas, um restaurante especializado em peixes e duas hamburguerias.

Para a pesquisa, eu costumo utilizar o TripAdvisor e os sites de crítica gastronômica. Procuro lugares baratos e frequentados pelos locais. Dou preferência para lugares de comida rápida e mais simples.

Os preços dos lugares que eu escolhi variam entre €10 e €15 por pessoa. Li que Estocolmo também é famosa pelo cachorro-quente de rua. Isto é algo que a Suécia tem em comum com a Dinamarca, aparentemente. O preço do cachorro-quente não é muito convidativo, por volta de €10 para comer de pé no meio da rua.

Dever de casa feito, agora é só colocar o casaco e partir para o aeroporto. O frio escandinavo nos aguarda!